SMILACACEAE

Smilax muscosa Toledo

VU

EOO:

1.839,898 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Andreata, 2012); entre 1000-2130 m de altitude (Andreata, 1997).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: D2
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Smilax muscosa</i>, conhecida popularmente por salsaparrilha, caracteriza-se por lianas, terrícolas, dioicas, e por apresentar síndrome de polinização entomófila e dispersão zoocórica. Endêmica do Brasil, ocorre nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e, possivelmente, no Estado do Espírito Santo. Restrita ao bioma Mata Atlântica, é encontrada em Floresta Ombrófila Densa, entre 1.000 e 2.130 m de altitude. Foram identificadas quatro situações de ameaça: pecuária, agricultura, exploração madeireira ilegal e, particularmente, no Parque Nacional do Itatiaia, as intensas visitações de turistas. Apresenta três regiões de ocorrência: município de Coronel Pacheco (MG), onde remanesce apenas 7% da cobertura original de Mata Atlântica, Campos do Jordão (SP), com apenas 15%, e Parque Nacional do Itatiaia. São necessários investimentos em pesquisa científica e esforços de coleta a fim de certificar a existência de novas subpopulações, considerando sua viabilidade populacional e sua proteção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Arq. Bot. Est. São Paulo 2(2): 26. 1946. Espécie distinta pelo caule cilíndrico e ramos angulosos, ambos muricados, lâmina com a margem freqüentemente ciliada e ramo da inflorescência estaminada também muricado. Nome popular: "salsaparilha" (Andreata, 1997).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila densa (Andreata, 2009).
Habitats: 1 Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Caracteriza-se por lianas, volúveis e/ou trepadeiras, terrícolas(Andreata, 2012); plantas masculinas florescem de julho a setembro; síndrome de polinização entomófila, dispersão zoocórica; dióicas (Andreata, 1997).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national very high
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level
Aespécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada oficialmente ameaçada de extinção. Foiconsiderada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida pelaFundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada "Extinta" (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).